Considerações a respeito do Sistema de Iluminação e Sinalização de Emergência da Boate Kiss*
A boate Kiss atendia aos requisitos?
Em termos de sinalização de emergência, a boate Kiss até superava os requisitos, pois somente em Porto Alegre se demandam sistemas autônomos de sinalização**. No interior do estado, inclusive em Santa Maria, se admite o uso de sinalização luminofosforescente.O que ocorreu então?
Verificou-se que pode existir uma falha importante na maneira como estes sistemas são implementados. Isto demandará uma revisão nos princípios de funcionamento adotados atualmente para iluminação de emergência.Qual foi a falha?
Como o fornecimento de energia elétrica não caiu nos primeiros momentos, a iluminação de emergência, embora existisse, não cumpriu seu papel. As luzes só foram acionadas quando houve a queda de energia, momento em que a fumaça já tomava conta do ambiente.O que deve ser feito?
É necessário alterar o funcionamento desses dispositivos para que os mesmos sejam acionados não só em caso de falta de luz, mas também se houver obstrução ótica.Como deve ser o sistema de iluminação de emergência?
O acionamento deve ser em função da obstrução de visão, ou ainda por acionamento manual. Sugere-se como parâmetro que, em grandes ambientes, se deve utilizar luminárias embutidas no piso, com luz de cor amarela de 50 cm em 50 cm marcando todo o caminho até a porta de saída.
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*Texto adaptado do Relatório do CREA, ANÁLISE DO SINISTRO NA BOATE KISS, EM SANTA MARIA, RS
** Sistemas autônomos são aparelhos de iluminação de emergência constituídos de um único invólucro adequado, contendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou similares e:
1. fonte de energia com carregador e controles de supervisão;
2. sensor de falha na tensão alternada, dispositivo necessário para colocá-lo em funcionamento, no caso de interrupção de alimentação da rede elétrica da concessionária ou na falta de uma iluminação adequada.
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