Figura 1: muro de Berlim.
Em teoria, nenhum muro deveria ser impossível de escalar. "Mostre-me uma parede de 15m e eu lhe mostro uma escada de 16m", disse a secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, referindo-se à área de fronteira altamente segura entre os Estados Unidos e México.
Muros modernos no Oriente Médio, Norte da África, México, Irlanda do Norte e Coréia são mais seguros do que nunca. Multi-camadas, seis metros de altura, cercas de arame farpado, equipados com câmeras infravermelhas e detetores de movimento, como os existentes nos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, cidades autônoma localizada no norte da África (Figura 2). Essas muralhas de alta tecnologia são projetados para interromper um fluxo de pessoas que tentam fazer o caminho do Marrocos para a Europa.
Figura 2 - Ceuta e Melilla, norte da África.
Equipamentos de alta tecnologia também pode ser encontrado na fronteira fortificada entre os EUA e o México (Figura 3). São mais de 1.000 quilômetros de muros e vedações ao longo da fronteira.
Figura 3: fronteira entre EUA e México
Na Irlanda do Norte, por sua vez, o "Último Muro na Europa" divide bairros inteiros, oficialmente para evitar tumultos entre católicos e protestantes radicais (Figura 4).
Figura 4: A guerra civil acabou e a Irlanda do Norte está, teoricamente, em paz.
As tensões permanecem, assim como o chamado "Muro da Paz", que molda a paisagem da cidade de Belfast há 40 anos.
Outras barreiras, como o muro de separação israelense na Terra Santa (Figura 5) ou o coreano da Zona Desmilitarizada (DMZ) entre a Coréia do Norte e Coréia do Sul (Figura 6), são lembranças permanentes dos conflitos em curso.
Figura 5: são 760 km de fortificações que cruzam a Terra Santa.
Figura 6: barreira que divide a Coréia do Norte e a Coreia do Sul
É tecnicamente uma linha de cessar-fogo marcando a divisão entre dois países que estão, oficialmente, ainda em guerra. Torres, armas, armadilhas de arame e guardas de capacete em ambos os lados constituem a linha divisória das mais perigosas do mundo.
Cada uma dessas barreiras é um monumento ao fracasso da política. Quando as partes conflitantes não conseguem fazer a paz na mesa de negociação, simplesmente constroem um muro. Quando o fluxo de refugiados fica fora de controle e a imigração excede os parâmetros que um país está disposto a aceitar, constrói-se um muro. Este tipo de barreira é uma tentativa de manter o status quo, uma mensagem que indica que as coisas devem permanecer como estão, não importa o que custar.
A queda do Muro de Berlim, em 1989, mostrou que é preciso uma revolução para derrubar essas defesas.
Adaptado de http://www.spiegel.de
Caro Moises
ResponderExcluirExiste, ainda, os 500 quilômetros de arame farpado na Caxemira. Uma barreira de três metros de altura atravessa mais de 500 quilômetros da região de Caxemira. Com as cercas elétricas e de arame farpado, a Índia quer impedir que terroristas vindos da parte paquistanesa passem a linha de cessar-fogo. A cerca é um problema para o processo de paz entre Índia e Paquistão porque as pessoas na Caxemira temem que a intenção da Índia seja dividir a região para sempre. abr.R.Lampert